Elefante, dinossauro, mastodonte,
mamute, rinoceronte,
bigorna, baleia, saco de areia.
Saco grande de feijão e
até mil quilos de algodão.
É tudo pesado pra burro.
Chumbo, mogno, madeira de lei,
mala de madame, bagagem de Miami,
mochila do ginásio.
Apreensão de drogas no jornal das seis,
roupa molhada, compra do mês.
Dicionário, anuário,
inventário de milionário.
Pesa muito, pesa à beça.
Treminhão, carreto,
guindaste e avião.
Lata de tinta, gasolina no galão.
E o prato faminto no quilo, então?
Faustão na TV,
consciência arrependida,
pálpebra na insônia,
download em 3g,
perna de maratonista,
papo de velório,
reunião sem fim,
conta corrente acabando o mês.
É difícil de aguentar.
O mundo nas costas,
gente chata no ouvido,
cabeça com enxaqueca,
feijoada na barriga,
reclamação do marido.
Lixo, desperdício,
tragédias e palavrões,
qual o peso disso?
É tanto que nem sei.
É tudo da pesada.
Pode ser só modo de dizer,
mas digo logo que tem uma tonelada.