Voei em Santiago do Chile.
E de tudo eu vi.
Vi cerro, vi cerveza, vi ceviche;
vi neve derretendo, vi água congelando;
vi porre sem tempo para ressaca.
Fui morro acima e vi paz, coloquei os pés na areia e vi Pacífico.
Vi, vi, vivi.
Sim, Neruda, também confesso que vivi.
Que sorri, que bebi, que andei, que olhei, que amei,
que senti, que descobri, que joguei,
que desci, que subi
e subi e subi...
até ver as nuvens bem de perto.
E se com os pés no chão elas parecem tão distantes,
é quando voo e ficamos de igual para igual
que elas me contam que não é como dizem por aí.
Que não, o céu não é o limite,
é só o começo.
Começo do que vi,
do que vivi,
do que ainda tem por vir.